Sentimento de abandono, um medo constante e uma raiva insistente. Raiva daquele que me deixou? Talvez, mas muito mais de mim por não ter sido suficiente ou por ter colocado esperança. Não me escutaram, eu deveria ter gritado mais alto? Chorado no meio da sala?
Me escuta, me escuta, ME ESCUTA! Eu tenho gritado, com palavras? Claro que não, ninguém me escutaria. Meu corpo tem feito isso, ele tem dado todos os sinais, aqueles que você não presta atenção ou melhor finge que não.
Você tem reclamado que eu não sou real. Mas quantas vezes você me silenciou? Quantas vezes me senti desamparada por aquele que deveria me proteger?
Gatilho.
Eu mereço isso? Ser tratada dessa forma? Jogada fora? Descartada como se não fosse nada. Substitua na mesma velocidade que ganhei o posto.
Ela olha pra mim como se eu fosse ultrapassada, fraca, boba.
Eu pedi pra que você não fizesse isso e você nem me escutou. Fingiu que o problema não estava ali, que era só mais alguma coisa da minha cabeça. Fez eu me sentir mal por pensar o que penso.
Mentira, mentiras e mais mentiras. Gritadas na minha cabeça, martelando constantemente. Fazendo em semanas desaparecer tudo aquilo que aprendi ao meu respeito em um ano.
Porque é isso que ele faz, distorce o que você pensa sobre você. Mas no final, a música é a mesma.
“Quem poderia me deixar, querido? Mas quem poderia ficar?” - Taylor Swift, the archer.